Por: Suzano Almeida
Foi realizado nesta quarta-feira, 20, no auditório Dom João VI, da Imprensa Nacional, mais uma rodada do Ciclo de Conferências “A imprensa discute a imprensa”, em que nomes importantes das comunicações falam sobre o papel da imprensa em relação à sociedade. Nomes como Alberto Dines (Observatório da Imprensa, TV Brasil) discutiram sobre o tema “jornalismo e o interesse publico” e abriram novas possibilidades para discussões acadêmicas sobre o papel social e ideológico da imprensa.
O debate que contou com a participação de alunos de varias faculdades do Distrito Federal, entre elas a JK, e também do estado de Goiás, iniciou com uma bela explanação sobre a história da Imprensa brasileira com a historiadora Maria Elisa, que trouxe capítulos significativos de nossa historia, mas foram esquecidos pela industria da noticia. Foi neste tom que outros componentes da mesa levaram a conversa, e assim procuraram encontrar fendas na história para demonstrar a falta de sensibilidade e a defesa de interesses pessoais na imprensa.
Três questões levantadas foram os principais combustíveis do debate: como se portar diante da maioria da imprensa que simplesmente ignorou a história de Hipólito da Costa, fundador do Correio Braziliense em 1808, em Londres, que lutou pela liberdade de imprensa no Brasil e, mesmo assim, não é considerado o patrono da imprensa livre no Brasil; o quê o idealismo dos jornalistas perdeu ao longo dos anos com o nascimento da industria da noticia, que não está preocupada com o conteúdo, mas com a vendagem da noticia; e o principal tema foi o jornalismo e o interesse público.
Ao ser questionado pela equipe do blog Eternidades da Semana sobre noticias que não vão a publico por interesse de anunciantes ou pessoas ligadas a veículos de comunicação o editor do Correio Braziliense, Alan, foi enfático ao afirmar que isto não é freqüente e que cada um coloca aquilo que acha que é importante para a empresa, assim como o administrador de um blog coloca aquilo que lhe interessa.
A professora da universidade publica do Goiás, Ana Carolina Rocha se destacou ao falar sobre o fim do idealismo nas redações, e provocou ao afirmar que as universidades não estão preparando os alunos para servir a sociedade, mas, sim, apenas, para o mercado de trabalho.
Os debates que se acaloraram, já próximo do prazo estipulado pela organização, não puderam ser concluídos e serão respondidos nos endereços eletrônicos dos participantes.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
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2 comentários:
Parabens por este artigo,vc o escreveu de forma clara e suscinta. Continue sempre assim. NEOQEAV.
Parabéns, moleque. O tio Emerson gosta muito de voce. Mas, o auditório é Dom João VI e não XI(11).
Um abraço Ippon
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