Por: Suzano Almeida
Em uma festa com mais de quatro horas de duração a China abriu os braços e os pergaminhos de sua história para o mundo. Com um show de técnica aliada a técnologia os chineses surpreenderam o mundo com a perfeição dos mínimos detalhes, confundindo, iludindo e emocionando os sentidos de quem acompanhou tanto lá no estádio, Ninho do Pássaro, quanto quem acompanhava pela televisão.
A China terá do que se orgulhar por muito tempo da cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de 2008, provávelmente o mais bonito de todos os tempos. Tudo isso graças ao empenho de todos os atores e voluntários que participaram.
Com um show que mais pareciam máquinas, computadores ou sabe-se lá o quê mais, e que no final descubriu-se que eram pessoas que executavam movimentos perfeitos, os chineses contaram seus cinco mil anos de história, iniciando pontualmente às 8h da noite do dia oito de 2008 (horário local), - O oito que na China é sinal de sorte, segundo a crença daquele povo, e irá trazer sorte para todos - pulando apenas partes trites de sua história e apresentando um país tradicional e ao mesmo tempo moderno com sua tecnologia.
Após a apresentação, as delegações, uma a uma, foram desfilando para o público com suas bandeiras. O pavilhão brasileiro foi levado por Robert Sheide, bi-campeão olímpico na vela, muito emocionado, acompanhado de uma grande parte da delegação brasileira.
Também estava presente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu de pé e com aplausos os atletas brasileiros.
Após os discursos diplomáticos chegou o grande momento de ascender a pira olímpica. Em meio ao suspense que durou até o último minuto apareceu o ex-ginásta Li Ning, 45 anos, que foi o primeiro medalhista, após a volta da China, as disputas olímpicas. Num vôo apoteótico Li Ning correu por todo estádio suspenso no ar. Depois de completar os 360º o ex-ginásta ascedeu a pira para explosão de alegria, não só dos chineses, mas de todo o planeta.
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