terça-feira, 26 de agosto de 2008

Visão Eternidades da Semana

Por: Suzano Almeida

Há alguns meses estou trabalhando no programa Escola Integral, do Governo do Distrito Federal (GDF), e como não são todos os dias que as turmas beneficiadas com o programa vão à escola exerço também outras atividades de auxílio a direção.
No início fiquei mais próximo dos alunos acima da primeira série até a quarta série, e neste período percebi uma certa agressividade de uns com os outros e um tom de desafio deles para com os professores e monitores. As brigas eram constantes e começavam normalmente com uma brincadeira que resultava em agressões físicas.
Hoje prefiro está com os alunos das classes de pré-escola, mas quando cheguei lá também havia violência - as crianças tem no máximo 7 anos - e a solução foi instituir um "cantinho da disciplina" que, até, funciona bem. Pude constatar então que a sanção de direitos realmente funciona, mas não pelo meio autoritário e sim pelo disciplinar. As crianças já não se agridem com frequência e quando ocorre elas, por si só, pedem desculpas umas as outras.
Definitivamente esta não é a solução perfeita para os problemas da violência nas escolas, esta é apenas uma solução momentânea e que vai funcionar apenas enquanto eles não percebem que os limites da sociedade são frágeis e daí por diante passarem a desafia-los. Precisamos de programas que envolvam desde a criança até o jovem para disciplina-los, mas rápido, pois é mais difícil depois que eles se perdem.
O combate por nossa parte à omissão das escolas também deve ser feita. É de responsabilidade dela quando um aluno falta muito ou quando as agressões dentro e fora da escola se tornam comum entre alunos da escola.
Tornou-se comum quando saio da escola ver alunos de uma escola vizinha, também pública, estarem brigando fora da escola. Considero o MMA (Mixes Martial Arts) ou vale-tudo, como preferir um esporte, mas a violência de crianças com, em média, 9 e 10 anos que vejo nos arredores desta escola são dignas de lutadores.
É hora de nós fazermos algo, as nossas crianças estão se tornando animais e cedo ou tarde podem nos afetar ou afetar alguém que nos amamos. Não seja omisso ao que está acontecendo, procure a direção da escola onde seu filho estuda, e procure conhecer o quê é feito nela para evitar estas situações. Caso você constate que nada está sendo feito denuncie à Ouvidoria do seu município, cidade, estado ou ao conselho tutelar. Se nenhum fizer nada, como algumas direções dizem que está acontecendo, denuncie a imprensa.
Basta de violência e omissão!

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