segunda-feira, 13 de outubro de 2008

De olho na crise mundial

Depois da pior semana, desde o inicio da crise nas bolsas de valores de todo o mundo, esta semana começa um pouco melhor, principalmente depois do anúncio da disponibilização de R$ 100 bilhões feita pelo Banco Central brasileiro (BC) para socorrer a Bovespa. Com a ajuda das bolsas da Ásia e da Europa, que se recuperaram em seus pregões, a Bovespa chegou a passar dos 8% de recuperação. A expectativa agora é que esta recuperação se mantenha alta até o fim do dia.

Palavra de Especialista

O economista e professor da faculdade JK/Anhaguera, Luiz Augusto Pontual, falou ao Eternidades da Semana sobre a crise e as turbulências que não permitem a reação do mercado, e deixou claro que ninguém tem certeza das consequências da crise nos próximos dias.
Segundo Pontual os pacotes de socorro aos mercados, disponibilizados pelos BC da Europa e dos Estados Unidos, não tiveram o resultado imediato, mas que não se sabe se eles obtiveram ou não sucesso, já que sua intenção eram socorrer bancos e títulos podres. Evitando quedas maiores em cadeia. E que, segundo autoridades do mundo financeiro, não há ideia das proporções da crise.
Segundo a queda nas bolsas da Ásia devem sim ter impactos no mercado, mas que há de se esperar ainda pelos efeitos dos pacotes economicos lançados pelos países ricos.
Pontual também afirma que o governo brasileiro está procurando cuidar do mercado, e que algumas medidas estão sendo tomadas. Apesar do crédito sofrer reduções ele acredita que alguns setores, como o de exportações de alimentos, poderam se beneficiar com isso graças a alta dólar. Porém os de produção tecnológica, como televisores e computadores, já começam a passar por dificuldades por terem que importar componentes, e na tentativa de amenizar as perdas deram férias coletivas e reduziram sua produção.
Alguns dos motivos da crise, segundo Pontual, são as disputas internas dos órgãos fiscalizadores americano que foram negligentes ao permitirem a liberação de crédito ao léu. E principalmente a irresponsábillidade criminosa do governo Bush, que não previu algo desta magnitude.

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