terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A vez de Obama



Por Suzano Almeida





Hoje, 20, tomou posse o 44º presidente dos Estados Unidos da América, Barack Hussein Obama. Ele trás nas costas o peso de toda uma nação em crise e com ele os problemas que este peso causou ao mundo. Obama senti, desde as eleições que o elegeram, a pressão de ter que ser o novo Superman, ou ainda, Martin Luther King, só que agora presidente.


Todos os jornais e pessoas colocam o novo presidente americano como o salvador do mundo e esperam dele, talvez, algo maior do que ele pode conseguir. Por ser o primeiro negro a ocupar o cargo mais importante do mundo, ter aparência jovial, mostrar em seus discursos ser a "revolução" com ideias novas e ideologias americanas antigas, Obama pode ter criado sobre si uma ilusão que se não correspondida pode levar as esperanças de muitos por água à baixo. Assim está sendo criada a imagem do presidente perfeito.


A mídia procurou mostrar o lado bom e perfeito do governo Obama, mesmo antes dele ter assumido de fato a cadeira, criando assim uma enorme expectativa a nível mundial. Essa expectativa se justifica a partir do pressuposto que não tem como se fazer um governo pior do que, do agora, ex-presidente George W. Bush, que gastou bilhões de dólares em guerras, teve os piores índices de desemprego da recente história dos EUA e com políticas desastrosas não foi capaz de salvar o maior quebra-quebra das bolsas americanas e do mundo desde a crise de 1929. Desta forma foi fácil colocar Obama acima dos adversários e entregar-lhe de bandeja a presidência - assim como foi feito aqui no Brasil nas eleições que elegeram o ex-presidente Fernando Collor de Melo, que acabou Impeachemado - derrotando nomes fortíssimos como sua companheira de partido, Hillary Clinton e o senador veterano John Macain, símbolo da resistência durante a guerra do Vietnã.


Como em outras oportunidades, Obama usou em seu discurso de posse a ideologia de que todos devem se unir para vencer as dificuldades que os EUA estão passando e que seu governo terá como base os ideais de liberdade pregados a quase dois séculos pelos americanos. Agora observado pelo mundo inteiro a cada passo, Barack Hussein Obama, o novo presidente dos EUA e o mais importante homem do mundo, terá o desafio de levar a sua frente os ideais de sonho de Luther King, o poder e as ideias de Lincoln, a esperança de países em guerra contra os EUA e seus aliados e a de milhões de miseráveis que esperam pelo socorro dos neoliberalistas americanos antes que a fome os matem. Sendo assim, o mundo não pode deixar suas esperanças, mas esperar sem esquecer que "nem tudo que reluz é ouro", quem sabe um diamante?


Boa Sorte ao novo presidente e que Deus nos ajude.

Imagem: Google imagens

Um comentário:

Anônimo disse...

As dificuldades existem... Obama é o maior represente dos excluídos na terra. Que Deus o abençoe... Salve Obama!
Parabéns pela matéria...