quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A imprensa é esconderijo para o terrorismo de Estado

Por Suzano Almeida

Depois de 19 dias de guerra em Gaza a imprensa internacional e grande parte da nacional insisti em alimentar a ideia de que Israel estaria se defendendo dos ataques com misseis efetuados pelo Hamas. Mais de mil palestinos já morreram nos ataques do exército israelense e mesmo assim Israel está apenas se defendendo. No inicio até seria válida a ideia como forma de represália contra os misseis lançados em direção a capital Telavive e ao sul do território israelita, mas após a morte de mais de mil pessoas, porquê a imprensa continua alimentando essa bábarie?
O terrorismo de Estado praticados por Israel se esconde por trás de pessoas e governos influentes na imprensa que deveria ser livre, principalmente em veículos tão importantes. As únicas vozes que desentoam vêm de correspondentes independentes e blogues de jornalistas ou pessoas que presenciam esta covardia, que tantos civis mata a cada dia. Os principais governos do mundo não falam muito e o que falam contra os ataques de Israel vem acompanhado da frase "Israel tem o direito de se defender". Mas como funcionam os direitos de sobreviver dos palestinos? A revolta mundial é tão grande que o governo israelense divulga todos os dias imagens e comunicados na intenção de justificar seus atos. - "A propaganda é a arma do negócio".
As ações de Israel provocaram a seguinte analise: Israel não teria apenas a intenção de eliminar o partido Hamas, mas após o fim deste partido, por meio da guerra, retirar da Faixa de Gaza a população palestina enviando ela para a Cisjodania, que também é território palestino, separado de Gaza por esta dividido pelo território israelita. Lá a população é governada pelo Fatah, partido que negocia com Israel e aceita como país, ao contrario do Hamas.
Os principais jornais da Europa e Estados Unidos, que têem suas matérias reproduzidas em jornais brasileiros, mostram uma clara visão de que a guerra é desigual, mas que tudo o que Israel está fazendo e para acabar com os "terroristas" do Hamas.
O que se ver nas imagens divulgadas pela imprensa é uma guerra onde não há limites para a crueldade dos soldados de um dos cinco maiores exércitos do mundo contra milícias equipadas com apenas misseis e que obtiveram alguma chance apenas no momento da invasão terrestre, onde a guerrilha se torna um pouco mais forte.
A cada ataque à Faixa de Gaza a esperança da população palestina é consumida pelo medo. Em matéria divulgada no domingo, 11, o Fantástico apresentou uma matéria onde israelenses diziam está traumatizados simplesmente em ouvir o som dos misseis lançados sobre suas cidades. Já o Correio Braziliense divulgou uma imagem, ainda esta semana, de uma criança, de no máximo seis meses, com seu rosto todo ensanguentado no colo de um homem. Será que a proximidade da morte naquela imagem não é suficiente para traumatizar quem vê a foto?
Esta guerra já alcançou proporções monstruosas, a ponto da organização israelense B'Teselem denunciar seu próprio exercito, após este atirar contra civis que estavam com uma bandeira branca em punho, em sinal de rendição. A Unicef diz que mais de 300 crianças palestinas já morreram e pelo menos 1.500 ficaram feridas nos ataques.
Mesmo com resoluções feitas na Convenção de Genebra sobre armamentos, Israel insisti em disparar contra a população civil, ou próximo dela armas que contem fósforo, que em contato com a pele e o ar queima provocando ferimentos gravíssimos.
A ONU impotente precisa retomar as rédias desta covardia e começar a impor as punições a Israel determinadas na Convenção de Genebra, para frear este holocausto.

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