quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vinícius que me desculpe, mas inteligência é o principal








Por Camila Bordinha



Já dizia Vinicius de Moraes, “as feias que me desculpem, mas beleza é fundamental”. A cada dia que passa as jovens, e hoje até as mai ssenhoras, vivem na pele o peso de seguir a risca esta frase. Use isso, faça aquilo, tome isso, coma assim, malhe, malhe e malhe estão sempre estampados em todas as revistas, na tv e, principalmente, na publicidade. Mas qual será a fundamentalidade de ser bela?


Em todas as épocas houve formas diferenciadas de se cultivar a beleza. Já tivemos deusas gordas, magras, brancas, com cinturas muito finas, cabelos longos já foram o auge e os “joãozinhos” também. Mas nunca houve tanto preconceito direcionado à mulher no que diz respeito à beleza. As mulheres têm que ser bonitas e esbeltas para conseguir um marido e, veja que absurdo, até para arrumar um trabalho, não importa quão competente seja.


São demasiados os casos em que ouvimos que meninas lindas se tornam bulímicas, deformam o corpo em cirurgias estéticas e, em casos mais extremos, chegam a óbito. E são mulheres que estão dentro do padrão estético da sociedade, as chamadas modelos. Mas até que ponto a beleza pode dizer o que é uma mulher? Até quando as mulheres deverãosentir-se condicionadas a serem belas para conquistar seu espaço?


Ser mulher é muito mais do que assumir padrões de beleza. Ser mulher é ser humano, é ter gordurinha, possuir curvas, é poder mostrar que suas capacidades estão acima de padrões estéticos impostos por uma sociedade tipicamente machista. É provar que “beleza não põe mesa”.Vinícius que nos desculpe, mas autoestima e inteligência são melhores ainda.


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